sexta-feira, 27 de março de 2009

Coisas que a gente perde pelo caminho...

Em matéria de me perder e esquecer coisas imprescindíveis (materiais, que fique bem claro, minha memória até que é boa, hehe) ninguém me supera. Sou aquele tipo de pessoa que realmente "só não esquece a cabeça porque está grudada no pescoço", como diria a minha avó. Na última segunda-feira bati meus recordes.

Logo pela manhã enquanto ia para o trabalho me lembrei que havia deixado o meu crachá da empresa dentro da outra bolsa, então lá fui eu voltar para a casa para buscá-lo.

Como se isso não bastasse (e como se eu não fosse capaz de esquecer mais nada naquele dia, e olha que eu me policiei, viu), depois da minha última aula (de Jornalismo Online) na faculdade, esqueci meu celular ao lado do computador que utilizei para digitar a matéria/notícia daquela aula. O pior é que só me dei conta de que o havia esquecido, quando já estava no ônibus rumo ao metrô. Dessa vez não tive como voltar já que passava das onze da noite.

De certa forma não fiquei tão preocupada com o fim do meu aparelho, na verdade já passou da hora de trocá-lo. Também não fiquei surpresa quando no dia seguinte o recebi de volta.

E é claro que ainda tive que ouvir as piadinhas dos colegas de trabalho:

- O ladrão disse para a Pri "Passa o celular!" e saiu correndo. Segundos depois o cara voltou como uma cara de pena e falou "Olha, toma o seu celular de volta, na verdade eu roubei um hoje de manhã... Pode ficar com ele também..." - disse um fazendo os outro rirem e a mim também.

Realmente eu não ligo para essa coisa de celular de última geração e sei lá mais o quê... O meu me serve muito bem para o que eu preciso (ligações e sms), muito obrigada. Para ouvir música eu tenho meu MP4 e para tirar fotos a minha câmera digital, então... Estou satisfeita.

terça-feira, 17 de março de 2009

De sol a chuva... e humor em conflito

Hoje o meu humor (para variar) não está um dos melhores. Passei o dia inteiro sofrendo num calor de sei lá quantos graus, porque o ar condicionado do andar em que trabalho estava quebrado (e quem disse que ventilador resolve?).

Para "melhorar" os ânimos acabo de chegar na faculdade e nos poucos metros em que tenho que caminhar, após descer do ônibus, consegui me molhar na chuva que começou a cair a pouco...

Não sou uma pessoa pessimista (até consigo rir de alguns infortúnios a que sou submetida), mas tem hora que a paciência esgota.

Sem falar que nos últimos dias andava meio em crise de existência. Sabe aqueles momentos em que você para e reavalia sua vida e não gosta muito do que vê? Pois é... Você se lembra de quando tinha cerca de 10 anos e imaginava um futuro muito diferente? Ou você fica imaginando que se fizesse tudo diferente (ou pelo menos se algumas das suas atitudes fossem diferentes) as coisas seriam do jeito que você imagina que deveriam ser. Então você fica desejando voltar no tempo para cosertá-lo, porém o tempo (existe de fato ou é apenas uma ilusão?) não volta, não nos dá a chance de tentar um outro caminho e o que podemos fazer é apenas seguir em frente.
A crise apenas tornou-se mais amena, quando consegui enxergar a realidade de novo (por alguns instantes fiquei cega com a possibilidade do sonho tornar- se real) quando percebi que não valia a pena deixar de lado tudo o que conquistei por uma mera infantilidade, por algo que só era possível na minha mente.

Agora que estou bem novamente (apesar da barra da minha calça ainda continuar molhada... rsrsrs), dedico a tradução de Wonderwall do Oasis, a uma pessoa bastante especial...

Protetora

Hoje será o dia
Que eles vão jogar tudo de volta em você
Por enquanto você já deveria, de algum modo,
Ter percebido o que deve fazer
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora

Andam dizendo por aí
Que o fogo no seu coração apagou
Tenho certeza que você já ouviu tudo isso antes
Mas você nunca tinha uma dúvida
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto por você agora

E todas as estradas que temos que percorrer são tortuosas
E todas as luzes que nos levam até lá nos cegam
Existem muitas coisas que eu
Gostaria de te dizer
Mas não sei como

Porque talvez
Você vai ser aquela que me salva
E além do mais
Você é minha protetora

Hoje seria o dia
Mas eles nunca vão jogar aquilo em você
Por enquanto você já deveria, de algum modo
Ter percebido o que você não deve fazer
Não acredito que ninguém
Sinta o mesmo que eu sinto
Por você agora

Todas as estradas que levam a você até lá são tortuosas
Todas as luzes que iluminam o caminho nos cegam
Existem muitas coisas que eu gostaria de te dizer
Mas não sei como

Eu disse:
Talvez você vai ser aquela que me salva
E além do mais
Você é minha protetora
Eu disse:
Talvez você vai ser aquela que me salva
E além do mais
Você é minha protetora
Eu disse:
Talvez você vai ser aquela que me salva
você vai ser aquela que me salva
você vai ser aquela que me salva

P.S. Minhas crises não me preocupam, afinal desaparecem na mesma rapidez com que surgem e depois até me pergunto: "Nossa, eu realmente estava triste por causa disso?!". É absolutamente normal.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Minhas inspirações...

Segue a letra de uma das músicas de um cantor que eu simplesmente adoro. Quando estou em casa e quero escrever ou compor alguma coisa, pego meu MP4 e ficou ouvindos as músicas do Pedro Mariano, entre outros da MPB.

Já me acostumei com a insegurança
De quem não quer sofrer
A paixão certeira que nos alcança
Quem poderá prever

A profundidade e o envolvimento
Não dá pra controlar
A longevidade do sentimento
Só o tempo dirá

Pode ser
Uma nova ilusão
Pode ser
Esse meu coração
Ou será o amor, ou será

Quando a tua boca me rouba um beijo
Sinto meu chão rachar
Amo teus contornos, em ti me vejo
Dentro do teu olhar

Mas bem lá no fundo me bate um medo
Medo de me entregar
Quase todo mundo tem um segredo
Me ajuda a desvendar



Só acrescentando que quem assina a composição desta música é o Jorge Vercillo (adoro as músicas dele, principalmente Homen-Aranha e Ela une todas as coisas...).


segunda-feira, 9 de março de 2009

Lei de Murphy - Acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série...

"Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível."


A famosa Lei de Murphy resolveu me testar na última 6ªfeira, mas agora quando reavalio os acontecimentos estes não foram tão ruins...

Aquele dia, até a hora que terminei meu expediente no trabalho, corria normalmente. Estava abalada devido a uma baixa inesperada no trabalho no dia anterior, mas até aí tudo bem... Como cansaram de frisar naquele dia, "essa coisas acontecem".

Um pouco antes de ir embora, havia conversado com meu namorado por telefone e havia ficado tentada em não ir para a faculdade e encontrá-lo, porém a consciência falou mais alto e disse para ele que era melhor nos vermos amanhã.

Encerrado o expediente, uma colega do trabalho e eu pegamos o fretado da empresa. Do trabalho eu iria direto para a faculdade, já que eu estudo muito longe e não compensa voltar para a casa.
Assim que o fretado estacionou no terminal Barra Funda, segui minha colega para fora e enquanto caminhávamos (ela em direção ao metrô e eu ao ponto de ônibus) aconteceu uma das piores coisas que pode acontecer quando você está na rua... A primeiro momento quando senti algo estranho escorrer pelo meu braço achei que alguém havia jogado algo em mim, porém a realidade era outra. Notei uma gosma verde no meu braço direito e esta havia caído na minha mochila e na minha blusa (novinha!). Como o choque foi grande não identifiquei o que era aquilo até que a minha colega exclamou enojada - Argh! É um cocô de pomba!

É sério naquela hora eu quis morrer de vergonha, afinal várias pessoas da empresa estavam por ali, acabando de descer do fretado. Porém fingi que estava no controle da situação. Por ser uma garota prevenida, tinha outra blusinha na mochila e rumei para o banheiro mais próximo a fim de dar um jeito naquilo.

Limpei meu braço, troquei de blusa, porém numa coisa eu não consegui dar jeito: no cheiro que exalava a minha mochila! Resolvi ir para casa com o intuito de tomar um banho e trocar de bolsa.
Entretanto a caminho de casa outra coisa inesperada: começou uma baita chuva de vento e o metrô passou a circular numa lentidão exasperante. Eu que já estava agoniada, comecei a ficar ainda mais quando os demais passageiros passaram a se levantar de seus acentos e exclamar com vozes de estupefação: "Nossa que chuva", "Olha os carros estão ilhados na Radial Leste", "As estações estão todas molhadas" e por aí foi. Tudo bem que a chuva foi impressionante, os carros de fato ficaram ilhados e as pessoas nas estações precisaram abrir seus guarda-chuvas, mas também não era para tanto!

Enfim cheguei na Patriarca, e a lotação que pego para ir para casa já estava lá no terminal, contudo lotada. Tive que esperar por outra, que demorou mais de meia hora para chegar.

Quando finalmente cheguei em casa fui informada que não havia eletricidade e que esta demoraria para chegar. Então tive que tomar uma banho frio (não foi uma grande tortura já que naquele dia fizera o maior calor) e quando saí do banho já não dava mais tempo de ir para faculdade.

Eu sei que poderia ter sido bem pior, mas... tinha que ser justo naquele dia?!

Pensando bem talvez tenha sido melhor que tenha acontecido na última sexta-feira, afinal a próxima é dia 13! Imagina, a má sorte seria duplicada!

Ah, eu não sou tão supersticiosa... só um pouquinho.


quinta-feira, 5 de março de 2009

Cegos conduzem outros cegos


Lembro que quando peguei emprestado o livro O nome da rosa, do escritor italiano Umberto Eco, no ano passado, uma boa parte dos professores da Universidade me pararam para dizer que o livro é excelente. De fato, logo no começo da leitura destaquei um trecho que chamou bastante a minha atenção:

"Os homens de outrora eram grandes e belos (agora são crianças e anões), mas esse fato é apenas um dos muitos que testemunham a desventura de um mundo que envelhece. A juventude não quer aprender mais nada, a ciência está em decadência, o mundo inteiro caminha de cabeça para baixo, cegos conduzem outros cegos e os fazem precipitar-se nos abismos..."

O trecho à cima citado bem poderia ser a introdução para explicar o rumo que segue a humanidade, porém o livro foi escrito em 1980.

Às vezes me bate um desespero diante das coisas que acontecem pelo mundo. Crises, degradação ambiental, catástrofes, guerras... Tanta morte desnecessária, tanta injustiça que me faz pensar seriamente se ainda teremos um futuro, ou se as coisas um dia irão se ajeitar.

A verdade é que tenho a impressão que a maioria das pessoas não estão dispostas a promover mudanças. Afinal quando alguém tem um pouco mais de coragem e se impõe perante as injustiças ouve logo "Você só pode ser maluco. As coisas são assim e ponto. Não adianta querer mudá-las."

De fato, somos cegos conduzindo outros cegos, cada qual achando que consegue ver mais que outro, porém com o mesmo destino pela frente: o abismo no qual cairemos sem sequer nos darmos conta.



terça-feira, 3 de março de 2009

Poeminha...

Segue um poema que eu escrevi quando estava superapaixonada por um carinha da escola, aliás eu escrevi o poema numa folha do meu caderno e o presentei (ai, que mico! Sabe aquelas coisas que você faz quando é adolescente depois quando lembra quer morrer?! Pois é eu já fiz isso, e muito!)

Por te amar tanto
Por te querer demasiadamente
Ficou pranto
Num olhar outrora ardente

Dos meus lábios o sorriso fugiu
No meu olhar tristeza nasceu
Por um amor que por muito dar
Nada recebeu

O que sobrou dele agora
Já não tenho certeza
Talvez um coração que ainda adora
E é tratado com frieza

Que grita,
Que chora,
Que já não tem voz
Que conta as horas
Para ver o amado algoz

Que enfrenta frio,
Chuva
E o que vier
Que quer tudo
E que contudo
Nada quer


Oh pessoa dramática! Mas tudo bem, eu cresci, amadureci e... piorei.




segunda-feira, 2 de março de 2009

O curioso caso de Benjamin Button


No dia 22 de Fevereiro (Domingo de Carnaval, diga-se de passagem), prevendo que o dia seria muito chato e com grandes possibilidades de eu morrer de tédio, aceitei ir ao cinema com a minha irmã e a amiga dela. Imagina você ter que ir com duas adolescentes de 16 anos ao shopping pelos seguintes motivos:

1 - Está fazendo um calor infernal, e você não aguenta mais ficar dentro de casa

2 - Ir para a rua não é uma opção. Seus vizinhos são um bando de fofoqueiros que adoram cuidar da sua vida. Mesmo que você não dê motivo lá estão eles bisbilhotando afim de encontrar algo. Além disso tem aquela vizinha, amiga da sua mãe que sonha em ver você com o filho dela (que é um mala).

3 - Você não sabe do paradeiro dos seus amigos (nenhum deles te liga a séculos!)

4 - Na televisão não se fala em outra coisa, a não ser no Carnaval (e você detesta Carnaval, ainda mais esse ano quando, por causa dele, não vai haver a exibição do Oscar na tv aberta).

Então lá fomos nós para o cinema e por pouco não assistimos a Pantera Cor de Rosa 2 (Argh! Levei a minha irmã mais nova para assistir esse filme na 4ª feira e quase dormi!). Optamos por assistir o Curioso Caso de Benjamin Button, afinal o filme estava concorrendo a 13 categorias do Oscar e o Brad Pitt é sempre uma coisa boa de se ver (mesmo que na maior parte do filme ele aparente ser bastante velho). Já na bilheteria o atende nos preveniu: "O filme tem cerca de 3 horas... Tem certeza que querem assistir esse?" (confessa, essa foi boa! Se eu tenho certeza que quero ver o lindo, maravilhoso, tudo de bom do Brad Pitt durante 3 horas?! Só se eu fosse maluca para dizer que não!).

Segue sinopse do filme:

Nova Orleans, 1918. Benjamin Button (Brad Pitt) nasceu de forma incomum, com a aparência e doenças de uma pessoa em torno dos oitenta anos mesmo sendo um bebê. Ao invés de envelhecer com o passar do tempo, Button rejuvenesce. Quando ainda criança ele conhece Daisy (Cate Blanchett), da mesma idade que ele, por quem se apaixona. É preciso esperar que Daisy cresça, tornando-se uma mulher, e que Benjamin rejuvenesça para que, quando tiverem idades parecidas, possam enfim se envolver.

O filme é muito bom mesmo. Uma pena que só levou 3 estatuetas (não vou falar que é injustiça, porque ainda não vi “Slumdog Millionaire”, título em português: "Quem quer ser um milionário", que ganhou 8 Oscars).